Conheça histórias inspiradoras de mulheres que fizeram a diferença no local de onde viveram. Mulheres que fizeram história no Brasil.
Ao longo da História muitas mulheres conseguiram voz e independência; vamos ver algumas delas e seus feitos e nos espelharmos em sua luta para tornar o mundo melhor.
Mulheres que fizeram história no Brasil – Maria Tomásia Figueira – Abolicionista
Natural de Sobral – Ceará e casada em segundo matrimônio com o abolicionista Francisco de Paula de Oliveira Lima; fundou, em 1882; a Sociedade Abolicionista das Senhoras Libertadoras; secção da Sociedade Libertadora Cearense.
O objetivo da instituição era libertar escravos; além disso, pressionar o governo para a abolição da escravatura e conscientizar o maior número de pessoas sobre esse fato.
No dia de sua posse como presidente da sociedade, 83 cartas de alforria foram entregues aos escravos, alcançando então um marco importante.
Em 1884, logo após debates, greves e pressões sociais; a Assembleia Legislativa decretou então o fim da escravidão no Ceará, a primeira a fazê-lo no país.
Ela morreu em 1902 (ou 1903) em Recife.
Narcisa Amália de Campos (1856-1924) – Jornalista e poetisa
Narcisa Amália de Campos nasceu em São João da Barra. Considerada a primeira jornalista profissional do Brasil; Ela fundou um jornal voltado para as mulheres, “Gazetinha”, que tratava de questões femininas, mas também da abolição da escravidão e do nacionalismo.
Publicou um livro de poesia intitulado “Nebulosas” em 1872, que recebeu elogios de Machado de Assis.
Além disso, no jornal carioca “A Reforma”, o escritor João Peçanha Póvoa a chamou de “Princesa das Letras”
No entanto, Narcissa teve que enfrentar as acusações de não ser a autora daqueles poemas; além disso aguentar os boatos que o ex-marido espalhava sobre ela em Resende (RJ). Ela então deixou esta cidade e se casou novamente; mas também termina em divórcio.
Apesar de ter sido reconhecida em vida, a carreira poética de Narcissa Amália foi curta; pois não tinha interesse em editar autoras femininas daquele século. Morreu no Rio de Janeiro, em 1924, esquecida pela sociedade.
Carlota Pereira de Queirós (1892-1982) – Médica e Deputada
Carlota Pereira de Queirós nasceu em São Paulo; em uma tradicional família paulista. Ela era professora, mas desiludida com a profissão; resolveu então ser doutora e se formou em Medicina pela USP em 1926. Nessa área, ela se destacaria como hematologista.
Mas Durante a Revolução Constitucionalista de 1932; ela ajudou os feridos organizando então um grupo de 700 mulheres.
Contudo, Seu gosto pela luta democrática a levou a concorrer ao pleito de São Paulo; nas eleições legislativas de 1933. Sua candidatura contou desse modo com o apoio de cerca de 14 associações femininas de São Paulo.
Vitoriosa, seria a primeira deputada federal do Brasil. Ela então integraria as comissões de saúde e educação; foi além disso, autora da emenda que criou a Casa do Jornaleiro e o Laboratório de Biologia Infantil.
Dessa forma, ela participou da Assembleia Constituinte que elaboraria a nova Carta Magna; mas o golpe de 1937 encerrou sua trajetória política. Durante o Estado Novo, ela lutaria pela redemocratização do Brasil.
Embora fosse pioneira na política, as ideias de Carlota de Queirós eram conservadoras; e portanto se distanciavam de intelectuais como Bertha Lutz. Na década de 1960, ela apoiou o golpe de 64, que derrubou o então presidente João Goulart.
Por fim, fez história ao quebrar a hegemonia masculina do legislativo brasileiro, sendo homenageada com uma avenida e um busto em São Paulo.
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