Você sabe o significado da mandala? O termo “mandala” remonta à antiga língua sânscrita, traduzido como “círculo”. No entanto, seu significado vai muito além de sua forma geométrica.
Ou seja, mandalas são símbolos espirituais e rituais encontrados em várias culturas ao redor do mundo, cada uma com sua própria interpretação e significado profundo. Portanto, estas representações geométricas são utilizadas para meditação, cura, autoconhecimento e como uma ferramenta de conexão com o universo.
Sendo assim, vamos explorar o significado da mandala e cinco tipos de mandalas em culturas diferentes, revelando como cada tradição interpreta e utiliza esse símbolo milenar. Ah! Antes de tudo, não deixe de conhecer outros de nossos artigos como: [A História do Budismo] [O que é Ayahuasca] [Entenda a Religião do Santo Daime]
1. Significado da Mandala Tibetanas (Budismo Vajrayana)
O significado e uso das mandalas tibetanas são uma das formas mais conhecidas e reverenciadas de mandalas no mundo. No Budismo Vajrayana, praticado principalmente no Tibete, as mandalas têm um significado espiritual profundo.
Elas são representações simbólicas do universo e do caminho para a iluminação. Feitas tradicionalmente com areia colorida, essas mandalas são incrivelmente detalhadas e demoram dias ou até semanas para serem concluídas.
Após a conclusão, elas são destruídas para simbolizar a impermanência da vida, um conceito central no budismo. As mandalas tibetanas também servem como ferramentas de meditação, ajudando os praticantes a focar e a purificar suas mentes.
Formato: As mandalas tibetanas geralmente têm uma estrutura circular, com um ponto central que simboliza a unidade e a essência do universo. Assim, compostas por círculos concêntricos, quadrados e outras formas geométricas.
Assim, com o centro representando o estado de iluminação e os círculos externos simbolizando as várias etapas do caminho espiritual. As bordas externas frequentemente apresentam uma representação do fogo, que simboliza a sabedoria purificadora.
2. Mandalas Hinduístas
O significado e uso no hinduísmo, as mandalas desempenham um papel importante em rituais e práticas espirituais. Frequentemente usadas em yantras, como diagramas geométricos sagrados desenhados para invocar a presença de divindades e para auxiliar na meditação.
As mandalas hinduístas, muitas vezes, incorporam símbolos que representam diferentes deuses e deusas, bem como os chakras, que são os centros de energia no corpo humano. Cada parte da mandala tem um significado simbólico, e o ato de criar ou meditar sobre uma mandala, visto como um caminho para alcançar a harmonia interior e a união com o divino.
Formato: As mandalas hinduístas, caracterizadas por uma complexa combinação de formas geométricas, incluindo círculos, triângulos e lótus, que representam a divindade e o cosmos. Os círculos simbolizam a natureza infinita do universo.
Entretanto, enquanto os triângulos podem representar aspectos masculinos e femininos do divino. O lótus é um símbolo recorrente, associado à pureza e à iluminação espiritual.
3. Mandalas dos Povos Indígenas da América do Norte
O Significado e uso entre os povos indígenas da América do Norte, como os navajos, as mandalas são criadas em forma de “sand paintings” (pinturas de areia) e têm um papel crucial em cerimônias de cura e rituais sagrados.
As mandalas navajas compostas por padrões geométricos feitos de areia colorida e representam um microcosmo do universo. Portanto, usadas para restaurar o equilíbrio e a harmonia entre o mundo espiritual e o mundo físico, ajudando os indivíduos a reconectar-se com a natureza e seus ancestrais.
Assim como as mandalas tibetanas, essas obras de arte são temporárias e são destruídas após a conclusão do ritual, reforçando a ideia de que tudo na vida é passageiro.
Formato: As mandalas dos povos indígenas da América do Norte, especialmente as dos navajos, feitas com areia colorida e apresentam um formato circular com padrões simétricos e cores vibrantes.
O centro da mandala é o ponto de equilíbrio, cercado por representações de elementos naturais, como montanhas, rios e seres espirituais, que refletem a visão holística do universo na cultura indígena.
4. Significado Mandalas Celtas
O Significado e uso das mandalas celtas, embora menos conhecidas que as de outras tradições, são igualmente ricas em simbolismo. A cultura celta, que se desenvolveu na Europa Ocidental, utilizava mandalas principalmente em sua arte e arquitetura.
Essas mandalas caracterizadas por padrões intricados de nós e espirais, que representam a interconexão de toda a vida e a continuidade da existência. Os celtas acreditavam que a vida era um ciclo interminável de nascimento, morte e renascimento, e suas mandalas refletem essa visão cíclica do universo.
As mandalas celtas eram frequentemente usadas em objetos rituais e em monumentos sagrados, como pedras e túmulos, para proteger e guiar as almas no além.
Formato: As mandalas celtas conhecidas por seus padrões de nós entrelaçados e espirais, que simbolizam a eternidade e a conexão entre o mundo físico e espiritual.
O formato circular mantido, mas com uma ênfase em padrões contínuos e intricados que muitas vezes não têm começo nem fim, reforçando a crença celta na interconectividade e no ciclo eterno da vida.
5. Significado da Mandala Cristãs (Rosáceas)
O Significado e uso no cristianismo, as mandalas aparecem de forma diferente, mas igualmente significativas, especialmente nas rosáceas das catedrais góticas. As rosáceas são vitrais circulares, geralmente colocados sobre a entrada principal das catedrais, e representam a perfeição divina e a harmonia do universo.
Cada rosácea composta por padrões geométricos simétricos que convergem em um ponto central, simbolizando Deus como o centro do universo. Além disso, as rosáceas costumam retratar cenas bíblicas ou santos, servindo como ferramentas de meditação visual para os fiéis, que ao contemplá-las, podem se aproximar do divino.
Formato: As mandalas cristãs, manifestadas nas rosáceas, possuem um formato circular com subdivisões radiais que irradiam do centro. Assim, essas subdivisões geralmente contêm vitrais com cenas religiosas, e o uso de cores intensas e luz natural cria um ambiente espiritual e contemplativo. O formato reflete a ideia de Deus como o centro do universo, com tudo convergindo em sua direção.