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História da América do Sul

História da América do Sul: Civilizações antigas, conquista e independência

A história da América do Sul é repleta de vastas riquezas naturais, diversidade cultural e eventos marcantes que moldam a história.

O continente foi palco de grandes civilizações pré-colombianas, como os incas, além de ter vivenciado a colonização europeia e, posteriormente, os movimentos de independência que moldaram as nações que conhecemos hoje.

Composta por doze países, entre os mais conhecidos estão Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru. A história da América do Sul é rica e complexa, envolvendo lutas por liberdade, desenvolvimento social e político, além de influências culturais diversas.

Civilizações Pré-Colombianas: A Era dos Incas

Antes da chegada dos europeus, a América do Sul era o lar de várias civilizações avançadas, sendo a mais notável a civilização inca. Ou seja, a que dominou grande parte da região ocidental do continente, especialmente os atuais Peru, Bolívia, Equador e Chile.

O Império Inca, com sua capital em Cusco, era conhecido por suas impressionantes construções, como Machu Picchu. Contudo, por sua avançada administração, agricultura e infraestrutura, como o vasto sistema de estradas e pontes.

Além dos incas, outras culturas influentes floresceram na região. Os Chavín, Moche e Nazca no Peru, os Guaranis no Paraguai, e os Mapuches no Chile e Argentina eram. De fato, civilizações que contribuíram significativamente para a diversidade cultural da América do Sul.

Cada grupo desenvolveu tecnologias, religiões e sistemas políticos próprios, adaptando-se às condições geográficas e climáticas da região, assim enriquecendo ainda mais a história da América do sul.

História da América do Sul ‘Colonização Europeia’

A colonização europeia na América do Sul começou no final do século XV, com a chegada de exploradores espanhóis e portugueses. Cristóvão Colombo abriu caminho para a exploração das Américas, mas foi Pedro Álvares Cabral, em 1500, quem oficialmente descobriu o Brasil para os portugueses.

A partir do Tratado de Tordesilhas de 1494, a América do Sul foi dividida entre a Espanha e Portugal, sendo que a Espanha tomou o controle da maior parte do continente, enquanto Portugal ficou com o Brasil. As conquistas espanholas lideradas por exploradores como Francisco Pizarro e Hernán Cortés resultaram na queda de grandes impérios, como o dos incas no Peru.

Os colonizadores europeus impuseram seu domínio através da força militar, da exploração dos recursos naturais e do trabalho escravo. Contudo, principalmente dos povos indígenas e, mais tarde, de africanos trazidos à força.

A colonização transformou radicalmente a sociedade sul-americana, introduzindo o cristianismo, a língua espanhola e portuguesa, e um sistema de plantation voltado para a exportação de matérias-primas, como o açúcar e o ouro.

No Brasil, os portugueses estabeleceram grandes engenhos de açúcar no litoral e, mais tarde, exploraram as riquezas minerais do interior, como o ouro em Minas Gerais. Na parte espanhola da América do Sul, os vice-reinados de Peru e Nova Granada se tornaram centros administrativos importantes, com cidades como Lima e Bogotá desempenhando papéis cruciais na administração colonial.

América do Sul: Libertação do Domínio Colonial

A luta pela independência na América do Sul começou no início do século XIX, fortemente influenciada pelos eventos na Europa. Ou seja, como as Guerras Napoleônicas e a invasão da Espanha por Napoleão, que enfraqueceu o controle espanhol sobre suas colônias.

Líderes revolucionários, inspirados pelas ideias do Iluminismo e pelos exemplos da Revolução Americana e da Revolução Francesa, começaram a organizar movimentos de libertação. Na América espanhola, figuras como Simón Bolívar, conhecido como o “Libertador”, e José de San Martín lideraram as lutas de independência.

Bolívar sonhava com uma América Latina unida e liderou campanhas militares que resultaram na libertação de territórios que hoje são Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. San Martín, por sua vez, foi crucial para a independência da Argentina, Chile e Peru.

No Brasil, o processo de independência ocorreu de forma relativamente pacífica, em comparação com as lutas sangrentas na América espanhola. Em 1822, Dom Pedro I, filho do rei de Portugal, proclamou a independência do Brasil e se tornou o primeiro imperador do país.

A independência do Brasil consolidada sem grandes conflitos militares, mas o novo império enfrentou tensões internas e desafios na construção de uma nação unida.

História Século XX: Golpes, Ditaduras e Democracia

O século XX marcado por grande instabilidade política na América do Sul, com diversos países enfrentando golpes de estado, ditaduras militares e conflitos internos. A Guerra Fria teve um impacto profundo na política do continente, com os Estados Unidos apoiando regimes militares de direita para evitar a expansão do comunismo.

No Chile, o golpe militar de 1973 derrubou o governo eleito de Salvador Allende e estabeleceu a ditadura de Augusto Pinochet, que durou até 1990. Na Argentina, a ditadura militar entre 1976 e 1983 foi responsável pela Guerra Suja. Sendo assim, durante a qual milhares de pessoas foram presas, torturadas e mortas. O Brasil também viveu uma ditadura militar entre 1964 e 1985.

Apesar desses períodos de repressão, muitos países da América do Sul retornaram à democracia nas últimas décadas do século XX. A transição democrática trouxe novos desafios, como a luta contra a pobreza, a desigualdade social e a corrupção, mas também abriu caminho para o crescimento econômico e a integração regional.

Desafios Contemporâneos: Economia, Política e Sociedade

No século XXI, a América do Sul tem enfrentado uma série de desafios e transformações. A região passou por um período de crescimento econômico significativo, impulsionado pelo boom das commodities, especialmente no Brasil, Argentina e Chile.

No entanto, a queda dos preços das commodities nos anos recentes trouxe dificuldades econômicas para muitos países. Além disso, a desigualdade social continua a ser um problema central na maioria dos países da América do Sul.

A concentração de riqueza em poucas mãos e a exclusão de grandes setores da população das oportunidades econômicas têm gerado tensões sociais. Protestos por reformas sociais e políticas mais justas têm ocorrido em países como Chile e Colômbia.

A política sul-americana também tem sido marcada por uma polarização entre governos de esquerda e direita. Enquanto alguns países, como a Venezuela, passaram por crises políticas e econômicas sob governos autoritários, outros, como o Uruguai, têm sido exemplos de estabilidade democrática.

A integração regional, através de organizações como o Mercosul e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), tem sido um objetivo importante para muitos países da região. A cooperação econômica e política entre os países sul-americanos vista como uma forma de enfrentar os desafios globais e fortalecer a posição da América do Sul no cenário internacional.

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