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História da Coreia do Sul

História da Coreia do Sul: Divisão à ascensão global ‘Desafios’

A história da Coreia do Sul é marcada por uma jornada de superação e transformação. De um país devastado pela guerra, pela ocupação e cheias de desafios.

Contudo, a Coreia do Sul emergiu nas últimas décadas como uma das economias mais dinâmicas do mundo. Ou seja, além de ser um importante ator político e cultural global.

Este artigo aborda os principais momentos dessa trajetória, explorando a colonização, a guerra, o desenvolvimento econômico e a ascensão global do país. Ah! Antes de tudo, não deixe de conhecer outros de nossos artigos como: [A História do Estados Unidos] [A Origem da Rússia] [Como Foi que Surgiu o Japão]

Colonização Japonesa e a Divisão da Península

A história moderna da Coreia começa no final do século XIX, quando o país passou por turbulências políticas e disputas entre potências estrangeiras, como a China e o Japão. Em 1910, o Japão anexou a Coreia, dando início a um período de colonização brutal que duraria até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Durante esse período, a Coreia sofreu com repressão cultural, exploração econômica e a imposição do idioma e da cultura japonesa. Muitos coreanos foram forçados a trabalhar como mão de obra e serviram no exército japonês. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a ocupação japonesa chegou ao fim, mas a Coreia não recuperou sua independência plena.

A península coreana foi dividida em duas zonas de ocupação: o norte, controlado pela União Soviética, e o sul, pelos Estados Unidos. Essa divisão geopolítica, inicialmente temporária, se solidificou com a Guerra Fria, e em 1948 surgiram dois estados separados: a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) e a República da Coreia (Coreia do Sul).

Guerra da Coreia e a Reconstrução Pós-Guerra

Em 25 de junho de 1950, as tensões entre o norte e o sul culminaram na Guerra da Coreia, quando tropas da Coreia do Norte invadiram o sul. O conflito rapidamente se transformou em uma guerra internacional, com os Estados Unidos e seus aliados, sob a bandeira das Nações Unidas, apoiando a Coreia do Sul, enquanto a China e a União Soviética apoiavam a Coreia do Norte.

A guerra foi brutal e causou milhões de mortes, além de devastar grande parte da infraestrutura da península. Após três anos de combates intensos, a guerra terminou em 1953 com a assinatura de um armistício. Portanto, assim estabeleceu uma zona desmilitarizada (DMZ) ao longo do paralelo 38, mas sem um tratado de paz formal.

Assim, tecnicamente, as duas Coreias continuam em estado de guerra até hoje. Com o fim do conflito, a Coreia do Sul estava em ruínas. A economia do país era predominantemente agrícola, e o nível de pobreza era extremamente alto.

No entanto, o governo sul-coreano, liderado inicialmente por Syngman Rhee, começou a reconstruir o país com a ajuda financeira e militar dos Estados Unidos.

História da Coreia do Sul ‘Crescimento Econômico’

A partir da década de 1960, a Coreia do Sul passou por uma transformação extraordinária conhecida como o Milagre do Rio Han. Sob a liderança de Park Chung-hee, que assumiu o poder após um golpe militar em 1961.

Ou seja, o governo sul-coreano implementou uma série de reformas econômicas e industriais que lançaram as bases para o crescimento econômico do país. Assim, o governo incentivou a industrialização, focando na exportação de produtos manufaturados, como têxteis, eletrônicos e automóveis.

Empresas como Samsung, Hyundai e LG, que hoje são gigantes globais, começaram a se expandir durante esse período. O crescimento econômico foi rápido e sustentado, com a Coreia do Sul passando de um dos países mais pobres do mundo para uma nação industrializada em poucas décadas.

A educação também desempenhou um papel fundamental nesse desenvolvimento. O governo sul-coreano investiu fortemente na educação. Assim, promovendo uma força de trabalho altamente qualificada, o que foi crucial para o avanço tecnológico e industrial do país.

Embora o crescimento econômico tenha impressionado, o regime de Park Chung-hee impôs autoritarismo, reprimiu politicamente, censurou e violou os direitos humanos. Assassinaram Park em 1979, mas o período subsequente continuou marcado por governos militares até a transição para a democracia em 1987.

A Democracia e o Século XXI ‘História da Coreia do Sul’

A década de 1980 foi um período de crescente insatisfação com o regime militar e de pressões populares por mais liberdades democráticas. Em 1987, após uma série de protestos em massa, o governo militar cedeu e permitiu a realização de eleições livres e diretas.

O general Roh Tae-woo foi eleito presidente, marcando o início da transição democrática da Coreia do Sul. Desde então, a democracia sul-coreana se consolidou, com a realização de eleições regulares e uma sociedade civil cada vez mais ativa.

O país também enfrentou desafios econômicos, como a Crise Financeira Asiática em 1997, que abalou a economia sul-coreana. No entanto, a Coreia do Sul se recuperou rapidamente, implementando reformas econômicas e fortalecendo suas indústrias tecnológicas e de serviços.

Nas últimas décadas, a Coreia do Sul se tornou uma potência global em diversas áreas, como tecnologia, cultura e esportes. O fenômeno do K-pop e a popularidade de filmes e séries sul-coreanas, como o premiado Parasita e a série Round 6, ajudaram a projetar a cultura sul-coreana no cenário global.

Ao mesmo tempo, empresas de tecnologia sul-coreanas continuam a ser líderes mundiais, e o país sedia grandes eventos internacionais, como os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018.

Busca pela Paz entre a Coreia do Norte

Apesar do crescimento econômico e da estabilidade política, a divisão da península coreana continua sendo uma questão central na história e na política da Coreia do Sul. As relações entre as duas Coreias têm sido marcadas por tensões e tentativas intermitentes de diálogo.

Nos últimos anos, especialmente a partir de 2018, houve um renascimento das tentativas diplomáticas entre a Coreia do Sul, a Coreia do Norte e outras potências globais, como os Estados Unidos. O presidente sul-coreano Moon Jae-in desempenhou um papel ativo em promover o diálogo entre o líder norte-coreano Kim Jong-un e o então presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

No entanto, apesar das cúpulas e gestos diplomáticos, a paz definitiva e a reunificação da península continuam incertas. A busca pela paz e estabilidade na península coreana é um dos maiores desafios da Coreia do Sul no século XXI, e o futuro das relações entre o norte e o sul permanece uma questão aberta.

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