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história da Ucrânia

História da Ucrânia: Soberania e a influência de grandes potências

A história da Ucrânia é marcada por uma longa luta pela independência e identidade própria, entrelaçada com períodos de dominação estrangeira e crises internas.

Desde as civilizações antigas até o atual cenário geopolítico, a Ucrânia tem sido um ponto focal de conflitos e tensões entre o Oriente e o Ocidente. Ah! Antes de de tudo não deixe de ver também: [A Origem do Egito] [A História da Rússia] [Como Surgiu o Estados Unidos]

A História e Origens Antigas e a Rus de Kiev

A história da Ucrânia moderna tem suas raízes históricas na Rus de Kiev, um estado medieval que surgiu no século IX e foi o berço da civilização eslava oriental. Fundada por Vikingos varegues, a Rus de Kiev unificou várias tribos eslavas sob um governo centralizado, com Kiev como capital e centro religioso e político.

Durante o reinado do Grão-Príncipe Vladimir I, no final do século X, o cristianismo ortodoxo foi adotado como religião oficial, um evento que moldou profundamente a cultura e identidade da Ucrânia. Sob os sucessores de Vladimir, a Rus de Kiev tornou-se um dos estados mais poderosos da Europa medieval.

Mas seu declínio começou no século XII devido a conflitos internos e invasões externas, especialmente pelos mongóis no século XIII. Com a queda de Kiev, a Ucrânia ficou fragmentada em pequenos principados, e parte de seu território foi gradualmente incorporado ao Grão-Ducado da Lituânia.

Assim, posteriormente, à Comunidade Polaco-Lituana concretizando ainda mais a história da Ucrânia. Ou seja, durante esses períodos, a identidade cultural e linguística ucraniana começou a se consolidar, embora sob domínio estrangeiro.

O Hetmanato Cossaco e a Dominação Estrangeira

No século XVII, a Ucrânia começou a experimentar uma forte resistência ao domínio polonês. Os cossacos, guerreiros livres que viviam nas estepes ucranianas, desempenharam um papel crucial na defesa da autonomia ucraniana. Em 1648, sob a liderança de Bohdan Khmelnytsky, os cossacos iniciaram uma revolta bem-sucedida contra a Polônia, estabelecendo o Hetmanato Cossaco, um estado semi-independente.

Contudo, para garantir sua sobrevivência diante das ameaças polonesas, o Hetmanato buscou aliança com o Império Russo em 1654, firmando o Tratado de Pereiaslav. Esse tratado deu início à influência russa sobre a história da Ucrânia, que se intensificou nos séculos seguintes. Eventualmente, grande parte da Ucrânia foi anexada pela Rússia, enquanto o oeste do país permaneceu sob controle polonês ou austro-húngaro.

Durante o século XIX, a Ucrânia experimentou um forte movimento nacionalista, com intelectuais e ativistas lutando para preservar a língua e cultura ucranianas. Assim, muitas vezes enfrentando repressão por parte das autoridades russas. O processo de russificação impôs limitações ao uso da língua ucraniana e procurou integrar a Ucrânia mais profundamente no Império Russo.

‘História da Ucrânia’ Revolução, Comunismo e a Fome

Com o colapso do Império Russo em 1917, após a Revolução Russa, a Ucrânia brevemente declarou sua independência e formou a República Popular Ucraniana. No entanto, essa independência foi de curta duração, pois a Guerra Civil Russa e a invasão bolchevique. Ou seja, que resultaram na incorporação da Ucrânia à União Soviética em 1922, como uma das repúblicas fundadoras.

Sob o regime soviético, a Ucrânia passou por um período de intensa repressão. Durante a década de 1930, a coletivização forçada da agricultura, promovida por Josef Stalin, resultou em uma das maiores tragédias da história ucraniana: o Holodomor. Entre 1932 e 1933, uma fome devastadora atingiu a Ucrânia, resultando na morte de milhões de pessoas.

Muitas estimativas apontam que entre 3 e 7 milhões de ucranianos morreram de fome, e muitos estudiosos consideram o Holodomor um genocídio deliberado, destinado a destruir a resistência ao regime soviético.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Ucrânia foi ocupada pela Alemanha Nazista, e a população sofreu imensamente com as atrocidades cometidas tanto pelos nazistas quanto pelo exército soviético. Após a guerra, a Ucrânia continuou como parte da União Soviética, mas a resistência nacionalista permaneceu, especialmente nas regiões ocidentais.

A Independência Moderna ‘História da Ucrânia’

A queda da União Soviética em 1991 abriu um novo capítulo na história ucraniana. Em agosto daquele ano, a Ucrânia declarou sua independência, sendo assim formalmente reconhecida em um referendo nacional em dezembro de 1991. Leonid Kravchuk tornou-se o primeiro presidente do novo Estado ucraniano.

No entanto, a transição para a independência foi desafiadora. A Ucrânia herdou uma economia debilitada e teve que enfrentar questões políticas internas, como a corrupção e a divisão entre as regiões ocidentais, mais inclinadas para a Europa, e as orientais, que mantinham laços culturais e históricos mais fortes com a Rússia.

A situação geopolítica da Ucrânia ficou particularmente tensa no início do século XXI. Em 2004, a Revolução Laranja resultou em protestos massivos contra fraudes eleitorais, levando à realização de novas eleições, nas quais Viktor Yushchenko, um candidato pró-Ocidente, venceu. As tensões continuaram nas décadas seguintes, culminando na Revolução de Maidan em 2014, quando protestos em massa derrubaram o governo de Viktor Yanukovych, visto como pró-Rússia.

Após a revolução, a Rússia anexou a Crimeia e apoiou movimentos separatistas nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, levando a um conflito prolongado que continua até hoje. Esses eventos marcaram uma nova fase de confronto entre a Ucrânia e a Rússia, com a Ucrânia buscando mais proximidade com a União Europeia e a OTAN, enquanto luta para preservar sua integridade territorial.

A Ucrânia no Cenário Internacional

Desde a independência, a Ucrânia tem buscado uma identidade própria, ao mesmo tempo em que enfrenta pressões internas e externas. O país tem feito avanços em áreas como tecnologia e agricultura, sendo uma das maiores exportadoras de grãos do mundo. No entanto, a crise no leste do país e a ocupação da Crimeia continuam a ser grandes desafios.

Internamente, a Ucrânia tem procurado reformar suas instituições, combater a corrupção e promover a integração com o Ocidente. A eleição de Volodymyr Zelensky como presidente em 2019 marcou um novo momento de esperança para muitos ucranianos, embora o país continue a enfrentar dificuldades econômicas e políticas.

Externamente, a Ucrânia mantém um papel central na geopolítica europeia, sendo um ponto de tensão entre a Rússia e o Ocidente. A situação com a Rússia permanece tensa, e a comunidade internacional continua a acompanhar de perto o desenrolar dos acontecimentos na região.

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