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História de Israel

História de Israel: Das origens bíblicas, cultura ao estado moderno

A história de Israel é profunda e multifacetada, entrelaçando narrativas religiosas, políticas e culturais que moldaram uma das regiões mais disputadas do mundo.

Desde suas origens na Antiguidade, passando por períodos de diáspora e exílio, até a formação do Estado moderno em 1948, Israel tem uma história única e cheia de complexidades.

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A História de Israel e a Origem Bíblica

A história de Israel começa com as tradições bíblicas do Antigo Testamento, que narram a migração dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó para a Terra Prometida, uma área correspondente ao que é hoje o território de Israel e partes dos territórios palestinos.

O povo hebreu se estabeleceu na região, formando as doze tribos de Israel, que eventualmente se unificaram sob o reinado de Saul, o primeiro rei de Israel, seguido pelos reis Davi e Salomão. Durante o reinado de Davi, Jerusalém se estabeleceu como a capital do Reino de Israel.

Sob o governo de Salomão, o Templo de Jerusalém foi construído, tornando-se o centro religioso e espiritual do povo judeu. No entanto, após a morte de Salomão, o reino se dividiu em dois: o Reino de Israel ao norte e o Reino de Judá ao sul.

A fragmentação política e as ameaças externas levaram à eventual queda desses reinos. O Reino de Israel foi conquistado pelos assírios em 722 a.C., e o Reino de Judá foi destruído pelos babilônios em 586 a.C., resultando na destruição do Templo de Jerusalém e no exílio da elite judaica para a Babilônia.

O Período da Diáspora e a Dominação Estrangeira

O retorno dos judeus a Jerusalém, após o decreto do rei persa Ciro, o Grande, em 538 a.C., marcou o início de um novo período de reconstrução, que incluiu a edificação do Segundo Templo. No entanto, Israel passou a ser dominado por uma série de potências estrangeiras, incluindo os persas, gregos e, finalmente, os romanos.

Durante o domínio romano, ocorreram diversas revoltas judaicas, como a Grande Revolta Judaica (66-73 d.C.), que resultou na destruição do Segundo Templo em 70 d.C.

Contudo, a Revolta de Barcoquebas (132-135 d.C.), após a qual os judeus foram massivamente exilados e proibidos de viver em Jerusalém. Esse evento marcou o início da Diáspora, quando os judeus se espalharam por várias partes do mundo, mantendo sua identidade religiosa e cultural enquanto viviam sob diferentes domínios.

Nos séculos seguintes, a Terra de Israel, ou Palestina, chamada pelos romanos; passou por várias mãos, sendo controlada por bizantinos, muçulmanos, cruzados, mamelucos. Assim, finalmente, pelos otomanos, que dominaram a região por mais de 400 anos, até o início do século XX.

O Movimento Sionista e a Criação do Estado de Israel

A Diáspora Judaica persistiu por quase dois mil anos, durante os quais os judeus viveram em diversas partes do mundo, muitas vezes enfrentando perseguições e discriminação, especialmente na Europa. No século XIX, o Movimento Sionista, liderado por figuras como Theodor Herzl, começou a ganhar força.

O sionismo defendia o retorno dos judeus à sua terra ancestral e a criação de um Estado judeu na Palestina, onde eles pudessem viver com segurança e autodeterminação. A situação geopolítica da Palestina começou a mudar com o colapso do Império Otomano após a Primeira Guerra Mundial.

A região passou a ser administrada pelos britânicos sob um mandato da Liga das Nações. Em 1917, os britânicos emitiram a Declaração Balfour, que expressava apoio à criação de um “lar nacional para o povo judeu” na Palestina, sem prejudicar os direitos das comunidades árabes locais.

O Plano da ONU

Nas décadas seguintes, a imigração judaica para a Palestina aumentou. Ou seja, especialmente devido à perseguição nazista na Europa e ao Holocausto, que resultou no extermínio de seis milhões de judeus. Após a Segunda Guerra Mundial, a comunidade internacional, sensibilizada pelo sofrimento dos judeus. Assim, intensificando os esforços para resolver a questão da criação de um Estado judeu.

Em 1947, a ONU propôs um plano de partilha que dividia a Palestina em dois estados: um judeu e um árabe. Os líderes judeus aceitaram o plano, mas os árabes o rejeitaram. Em 14 de maio de 1948, o líder sionista David Ben-Gurion declarou a independência do Estado de Israel. No dia seguinte, Israel foi invadido por uma coalizão de países árabes, dando início à Guerra de Independência de Israel.

‘História de Israel’ Guerras no Oriente Médio

A criação de Israel se seguia por uma série de conflitos com seus vizinhos árabes, muitos dos quais não aceitavam a existência de um Estado judeu na região. A Guerra de Independência terminou em 1949, com Israel expandindo seu território além das fronteiras estabelecidas pela ONU.

Portanto, centenas de milhares de palestinos se deslocaram durante o conflito, criando um problema de refugiados que persiste até hoje. Em 1967, a Guerra dos Seis Dias resultou em uma vitória decisiva para Israel, que capturou a Cisjordânia, Gaza, Jerusalém Oriental, o Sinai e as Colinas de Golã.

Esses territórios continuam sendo foco de disputa até os dias atuais, especialmente em relação à Cisjordânia e Gaza, que abrigam uma grande população palestina. Outro conflito importante foi a Guerra do Yom Kipur, em 1973, quando uma coalizão de países árabes, liderada pelo Egito e pela Síria.

Contudo se lançou um ataque surpresa contra Israel durante o feriado judaico de Yom Kipur. Apesar das perdas iniciais, Israel conseguiu reverter a situação e manter seus territórios. O processo de paz entre Israel e os países árabes teve avanços, como os Acordos de Camp David em 1978. Assim resultando na devolução do Sinai ao Egito e no reconhecimento mútuo entre os dois países.

No entanto, a questão palestina continua sendo um grande desafio, com inúmeras tentativas de resolver o conflito, como os Acordos de Oslo na década de 1990. Ou seja, que resultaram na criação da Autoridade Palestina, mas não conseguiram estabelecer uma paz duradoura para a história de Israel.

Israel Moderno: Tecnologia, Cultura e Desafios

Hoje, Israel é uma nação tecnologicamente avançada, com uma economia baseada na inovação, na ciência e na tecnologia. O país é um dos líderes mundiais em áreas como segurança cibernética, agricultura de alta tecnologia e medicina.

No entanto, Israel continua enfrentando desafios significativos, tanto internos quanto externos. O conflito com os palestinos permanece sem solução, com disputas contínuas sobre territórios, segurança e o status de Jerusalém. Internamente, Israel também enfrenta tensões entre suas comunidades seculares e religiosas, além de lidar com questões relacionadas à sua minoria árabe.

Portanto, Israel é também um centro cultural e espiritual importante, com uma herança histórica que remonta aos tempos bíblicos e que continua a atrair pessoas de todo o mundo. Ou seja, podendo ser motivos religiosos, acadêmicos ou turísticos.

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