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História da Palestina

História da Palestina: Um território de conflitos e identidade ‘Hamas’

De fato, a história da Palestina é marcada por sua importância histórica e religiosa, sendo uma terra situada no coração do Oriente Médio de muitos conflitos e paz.

Ao longo dos séculos, abrigou grandes civilizações, impérios e, nas últimas décadas, foi cenário de um dos conflitos mais complexos e prolongados da história moderna. Além disso, a Palestina sempre foi um ponto de convergência para diversas culturas e religiões.

Ou seja, suas cidades antigas, como Jerusalém, têm significado profundo para milhões de pessoas em todo o mundo, tornando essa região um local central nas narrativas históricas e religiosas globais. Ah! Antes de tudo não deixe de ver : [A Origem do Egito] [A História do Estados Unidos]

A História da Palestina Antiga: Povos e Impérios

A história da Palestina remonta a milhares de anos, sendo mencionada em textos históricos e religiosos como a Bíblia, o Corão e documentos de civilizações antigas. Situada entre o Mediterrâneo e o Vale do Jordão, a região sempre foi uma rota estratégica para comerciantes e conquistadores.

Por volta de 3000 a.C., cananeus e outros povos semíticos habitavam a região, que viria a ser conhecida como Canaã. Entre os séculos XIII e XII a.C., os hebreus começaram a se estabelecer na Palestina, fundando os reinos de Israel e Judá. A cidade de Jerusalém se tornou o centro religioso e político do povo judeu.

Com o passar do tempo, a Palestina foi dominada por grandes impérios, como o egípcio, o babilônico, o persa e o grego. No século I a.C., o Império Romano incorporou a Palestina como uma de suas províncias. Foi também nesse período que ocorreram eventos centrais para o cristianismo, como a crucificação de Jesus Cristo em Jerusalém.

O Período Islâmico e as Cruzadas

No século VII, a Palestina foi conquistada pelos árabes muçulmanos, durante a expansão do Islã. Jerusalém, que já era sagrada para os judeus e cristãos, passou a ser um dos locais mais importantes para os muçulmanos, pois, segundo a tradição islâmica, foi de lá que o profeta Maomé ascendeu ao céu.

Durante o domínio islâmico, a região floresceu sob os omeadas e os abássidas, tornando-se um centro de cultura e aprendizado. No entanto, no final do século XI, a Palestina foi palco das Cruzadas, expedições militares organizadas por europeus cristãos para reconquistar Jerusalém.

Os cruzados estabeleceram o Reino Latino de Jerusalém, mas sua presença foi temporária, sendo derrotados pelos muçulmanos liderados por Saladino no século XII. Nos séculos seguintes, a Palestina continuou sob domínio de diferentes dinastias muçulmanas, como os mamelucos e, posteriormente, o Império Otomano, que governou a região de 1517 até o final da Primeira Guerra Mundial, em 1917.

O Mandato Britânico e o Conflito com Israel

Com a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, a Palestina foi colocada sob o controle do Reino Unido por meio de um mandato da Liga das Nações. Durante o período do Mandato Britânico (1920-1948), as tensões entre a população árabe-palestina e a crescente imigração judaica aumentaram significativamente.

O movimento sionista, que surgiu no final do século XIX com o objetivo de estabelecer um lar nacional para os judeus na Palestina, ganhou força após o Holocausto, na Segunda Guerra Mundial. Em 1917, a Declaração Balfour, emitida pelo governo britânico, apoiou a criação de um “lar nacional para o povo judeu” na Palestina, o que intensificou a imigração judaica.

Com o aumento das tensões, revoltas e violência entre árabes e judeus tornaram-se comuns na década de 1930 e 1940. Em 1947, as Nações Unidas propuseram um plano de partilha, que previa a criação de dois Estados, um judeu e outro árabe, com Jerusalém sob administração internacional. Os líderes judeus aceitaram o plano, mas os árabes rejeitaram.

Em 1948, após a saída das tropas britânicas, foi declarada a fundação do Estado de Israel, o que levou à Primeira Guerra Árabe-Israelense. Vários países árabes invadiram o recém-formado Estado, mas Israel venceu a guerra e expandiu seu território. Centenas de milhares de palestinos se desloca durante o conflito, criando o que hoje é conhecido como a questão dos refugiados palestinos.

A OLP e as Guerras Árabes-Israelenses

Nas décadas seguintes, a Palestina se tornou o centro de uma série de conflitos no Oriente Médio. Em 1964, se cria a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat, com o objetivo de estabelecer um Estado palestino e lutar contra a ocupação israelense.

A Guerra dos Seis Dias, em 1967, foi um ponto de virada no conflito. Israel derrotou as forças árabes e ocupou a Cisjordânia, Gaza, Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã. Esses territórios se tornaram áreas de disputa central entre israelenses e palestinos. Em resposta à ocupação, movimentos de resistência palestina se intensificaram, e o conflito assumiu um caráter mais amplo, envolvendo várias nações árabes e potências internacionais.

As décadas de 1970 e 1980 marcadas por uma série de confrontos, como a Guerra do Yom Kippur e a Primeira Intifada (levante popular palestino contra a ocupação israelense). A OLP continuou a lutar pela autodeterminação palestina, mas enfrentava forte oposição de Israel, que se recusava a negociar com grupos que considerava terroristas.

O Processo de Paz e os Desafios Atuais

A década de 1990 trouxe uma nova esperança com o início do processo de paz. Em 1993, Israel e a OLP assinaram os Acordos de Oslo, que previam a criação de uma Autoridade Palestina e uma solução de dois Estados. Yasser Arafat e o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin receberam o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços de negociação.

Contudo, apesar dos avanços iniciais, o processo de paz encontrou muitos obstáculos, como a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, a radicalização de grupos palestinos. Ou seja, como o Hamas, e a divisão interna entre as facções palestinas. Em 2000, a Segunda Intifada eclodiu, resultando em anos de violência e desconfiança mútua.

Portanto hoje, a situação na Palestina permanece tensa e sem uma solução definitiva. A Cisjordânia e Gaza governadas por administrações separadas: a Autoridade Palestina, na Cisjordânia, e o Hamas, em Gaza. Israel mantém um forte controle militar sobre partes da Cisjordânia, e a Faixa de Gaza está sob bloqueio.

entretanto, o sonho de um Estado palestino independente continua a ser uma meta para muitos palestinos, mas as dificuldades diplomáticas e as tensões regionais dificultam a concretização desse objetivo.

Conclusão ‘História da Palestina’

Em resumo, a história da Palestina marcada por períodos de conquista, resistência e luta pela soberania. Ou seja, desde os tempos antigos até o cenário político atual, a Palestina continua a ser um território de grande importância histórica e religiosa, mas também um foco de conflitos persistentes.

Portanto, a busca por uma solução pacífica e duradoura para a questão palestina continua a ser um dos maiores desafios diplomáticos e humanitários da atualidade.

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