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Império de Roma entenda o porque de sua queda

O Império de Roma início do século II. Após uma enorme expansão territorial, a civilização romana está no seu auge.

As legiões romanas dominaram regiões como Grécia, Egito, Hispânia, Gália, Britânia, e Palestina. O império se estende por mais de quatro milhões de quilômetros quadrados.

Porém não estamos falando apenas de domínio militar, mas também, domínio cultural. Os costumes romanos passam a transformar as terras conquistadas. Estradas e aquedutos, templos e estátuas de deuses passam a se tornar comuns no mundo dominado por Roma.

Império de Roma uma cidade poderosa

Portanto o Império de Roma não é simplesmente a capital de um império, mas sim a cidade a mais importante daquela parte do planeta. Então qualquer cidadão romano desta época tinha certeza que a glória de Roma seria eterna, e o império governaria aquelas regiões do mundo para sempre.

Contudo ninguém poderia imaginar que, poucos séculos depois, aquele império gigantesco se tornaria poeira. Embora muito menos que um dos principais motivos da queda do Império Romano seria algo quase inacreditável, como a falta de comida. .

Todavia qualquer povo da Antiguidade tinha muitos motivos para temer as legiões romanas, que lutavam de maneira organizada e profissional. Decerto guerreiros de povos germânicos ou até mesmo exércitos de civilizações mais antigas e poderosas, como os egípcios, simplesmente não eram páreo para enfrentar as forças romanas.

Império de Roma e seu exército

Portanto com exércitos temidos por todo mundo, generais audaciosos e uma ambição de poder que estava no próprio sangue romano, Roma expandiu cada vez mais suas fronteiras, criando um dos maiores impérios da história. E o tamanho impressionante do Império Romano foi justamente um dos motivos por trás da sua queda.

Olhando hoje, podemos ver o Império Romano como uma espécie de árvore que cresceu tanto, mas tanto, mas tanto, que não conseguiu mais sustentar seu próprio peso. Isso começou a partir do século II, quando Roma decidiu que precisava controlar com mais cuidado as províncias que já tinha conquistado.

Certamente a ideia era vigiar as fronteiras para impedir invasões e saques de povos que estavam fora dos limites do Império, e controlar com mão de ferro as províncias mais problemáticas e mais afastadas do governo central em Roma, impedindo qualquer tipo de rebelião.

Império de Romano e seus escravos

O problema é que era justamente a conquista de novas terras que sustentava a economia de Roma. Aliás, podemos ir além e dizer que era a expansão do império que literalmente colocava comida na mesa dos cidadãos romanos. E sabem por que?

Um dos grandes recursos das conquistas militares de Roma eram as pessoas escravizadas, que pertenciam aos povos derrotados e eram condenadas a trabalhos forçados. Contudo existem estudos que apontam que o Império Romano chegou a ter quase cinco milhões de escravizados, o que equivale a uns 10% da população total na época, que chegou a ser 50 milhões de habitantes.

Portanto a metade dessas pessoas escravizadas trabalhava no campo, especialmente na produção de alimentos. Então com a mudança de estratégia e a decisão de não conquistar novas terras a partir do Século II, Roma simplesmente deixou de conseguir novos escravizados de outros povos.

Embora com o tempo, pessoas de territórios conquistados passaram a ter os esmos direitos de cidadãos romanos, e não podiam mais ser escravizadas. Essa Crise do Escravismo criou uma bola de neve: Roma foi ficando com um número cada vez menor de escravizados, e novas pessoas escravizadas não eram mais trazidas para o Império.

Império de Roma e sua crise econômica

Não demorou muito e as fazendas e plantações começaram a ficar com cada vez menos mão de obra escravizada. Sem mão de obra, sem colheitas. Sem colheitas, sem alimentos. Chegou um momento em que o Império não produzia mais alimentos suficientes para todos os que viviam dentro das suas fronteiras.

Um dos impérios mais gloriosos e poderosos da sua época se viu frente a frente com um problema básico: a fome. E aí o “vinho romano começou a azedar” a partir do século III. Sem comida suficiente para todos, o preço dos alimentos começou a subir sem parar, gerando inflação e caos social.

Isso criou uma crise econômica sem precedentes no Império Romano, com o governo não conseguindo mais manter seu populismo com a famosa política do Pão e Circo, nem garantir a segurança das fronteiras, o que gerou ondas de violência por todos os lados.

Assim, começaram a surgir revoltas populares e lutas internas pelo poder. Aos poucos, a poderosíssima e gloriosa Roma foi diminuindo cada vez mais. Então, a queda do Império Romano começou dentro de Roma, e por causa da falta de alimentos.

Roma ameaçada pela fome e povos germânicos

E quando o Império não tinha mais forças nem mesmo para vigiar as fronteiras, os povos germânicos começaram a se aproveitar disso para saquear e tocar o terror nas províncias romanas. O Império, agora mal nutrido e enfraquecido, encolhia a cada dia, rumo à decadência total.

O golpe final foi dado no ano 476, quando o imperador Rômulo Augusto foi deposto pelo rei germânico Odoacro. Portanto num evento que marcou a queda definitiva do Império e deixou uma lição para as gerações futuras.

Nenhuma civilização, por mais rica e poderosa que seja, consegue durar muito tempo sem comida suficiente. Ao longo dos séculos, outros grandes impérios surgiram e desapareceram, cidades foram crescendo.

A verdade é que esse problema, a fome, não é nada fácil de resolver. Esse é um problema tão difícil de resolver, que uma das responsáveis pelo fim do gigantesco império romano, ainda é um problema muito real quase 1600 anos depois. Será que daqui mil anos o ser humano ainda estará lidando com isso?

A resposta é sim! Futuramente irei falar este assunto em nossos artigos abaixo. Onde nós iremos falar da fome atual no planeta.

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