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história da Coreia do Norte

História da Coreia do Norte: Do colonialismo à era contemporânea

A história da Coreia do Norte é uma narrativa marcada por guerras, divisões políticas e transformações profundas, resultando em um dos regimes mais fechados e únicos do mundo.

Desde a dominação japonesa no início do século XX até a atual liderança dinástica, a trajetória do país é repleta de eventos que moldaram a sua identidade e relação com o restante do mundo.

Este artigo explora os principais momentos da história da coreia do Norte, divididos em quatro grandes fases. Ah! Antes de tudo, conheça outros artigos como: [A Origem da Coreia do Sul] [A História dos E Estados Unidos] [Como Surgiu a Rússia]

Período Colonial Japonês (1910-1945)

No início do século XX, a Coreia foi anexada pelo Império Japonês em 1910, após um longo período de disputa entre as potências regionais, incluindo China, Rússia e Japão. Durante a ocupação, o Japão implementou políticas de assimilação cultural, impondo o idioma japonês e explorando os recursos naturais e a força de trabalho coreana.

O período colonial foi marcado por uma forte repressão política e a eliminação de muitas tradições culturais coreanas. No entanto, a ocupação também viu o surgimento de movimentos de resistência coreanos, tanto internos quanto externos. Kim Il-sung, que mais tarde se tornaria o líder fundador da Coreia do Norte.

Ou seja, ele se destacou como um guerrilheiro comunista que lutava contra as forças japonesas na Manchúria, com apoio da União Soviética. A resistência coreana foi fundamental para o sentimento nacionalista que impulsionaria a divisão da Coreia após a Segunda Guerra Mundial.

Guerra da Coreia (1945-1953) ‘História da Coreia do Norte’

Com a rendição do Japão em 1945, a União Soviética assumiu o controle do norte da península coreana, enquanto os Estados Unidos controlaram o sul. Inicialmente, as duas superpotências consideraram a divisão temporária, mas as crescentes tensões da Guerra Fria impediram a reunificação do país.

Em 1948, a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte) oficialmente estabelecida sob a liderança de Kim Il-sung, com um governo comunista e o apoio da União Soviética e da China. No sul, a República da Coreia (Coreia do Sul) formada com um governo apoiado pelos Estados Unidos. Assim, resultando em uma divisão política e ideológica profunda.

A Guerra da Coreia estourou em 1950, quando as forças norte-coreanas, apoiadas pela China e pela União Soviética, invadiram o sul. O conflito durou três anos e foi extremamente devastador para ambos os lados, com milhões de mortos.

Em 1953, as partes assinaram um armistício que estabeleceu a Zona Desmilitarizada (DMZ) entre as duas Coreias, mas sem um tratado de paz formal, o que tecnicamente mantém os países em estado de guerra até hoje.

Kim Il-sung e o Isolamento ‘Coreia do Norte’

Após a Guerra da Coreia, Kim Il-sung consolidou seu poder na Coreia do Norte, estabelecendo um regime autoritário baseado no culto à sua personalidade. O país seguiu um modelo de desenvolvimento comunista com forte controle estatal sobre a economia, coletivização das terras e foco na industrialização pesada.

Contudo, Kim Il-sung também desenvolveu a ideologia Juche, que enfatizava a autossuficiência econômica e política da Coreia do Norte. Ou seja, justificando o isolamento do país em relação ao mundo exterior. Durante esse período, o regime implementou um sistema de repressão brutal para eliminar a oposição política, criando campos de prisioneiros e controlando rigidamente a vida dos cidadãos.

O país manteve estreitos laços com a União Soviética e a China, recebendo assistência econômica e militar de ambos os países. Nos anos 1970 e 1980, apesar do isolamento, a Coreia do Norte conseguiu manter uma economia relativamente estável, principalmente devido à ajuda externa.

No entanto, a queda da União Soviética em 1991 teve um impacto devastador sobre a economia norte-coreana, que dependia fortemente do apoio soviético.

A Era Pós-Kim Il-sung: Fome, Crises e Nuclearização

Kim Il-sung morreu em 1994, e seu filho, Kim Jong-il, assumiu o poder, dando início à primeira transição dinástica em um regime comunista. O início do governo de Kim Jong-il foi marcado por uma grave crise econômica e humanitária.

Na década de 1990, a Coreia do Norte sofreu uma grande fome, conhecida como “A Marcha Árdua”, que resultou na morte de centenas de milhares de pessoas. A escassez de alimentos e recursos foi agravada pelo colapso do sistema econômico planificado, a falta de ajuda externa e o isolamento do país.

A partir dos anos 2000, a Coreia do Norte passou a desenvolver seu programa nuclear, o que levou a um aumento das tensões com a comunidade internacional. Apesar das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, o regime norte-coreano continuou a realizar testes nucleares e a desenvolver mísseis de longo alcance. Assim, tornando-se uma ameaça regional e global.

Após a morte de Kim Jong-il em 2011, seu filho, Kim Jong-un, assumiu o controle do país. Sob o comando de Kim Jong-un, o regime continuou a priorizar o desenvolvimento militar e nuclear, ao mesmo tempo que implementou algumas reformas econômicas limitadas para aliviar a crise interna.

No entanto, o país continua a enfrentar desafios econômicos e diplomáticos, mantendo uma postura de isolamento e confronto com a comunidade internacional.

Conclusão ‘História da Coreia do Norte’

Em resumo, a história da Coreia do Norte é uma narrativa de resistência, isolamento e controle autoritário. Desde sua fundação em 1948 até os dias atuais, o país passou por momentos de guerra, crises humanitárias e confrontos com a comunidade internacional.

Ou seja, embora o regime de Kim Jong-un continue a desafiar as potências globais com seu programa nuclear, o futuro da Coreia do Norte permanece incerto, com o país enfrentando desafios internos e pressões externas.

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